quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

FELICIDADE É CONSEQUÊNCIA



Sabe estes temas que muita gente filosofa a respeito? Por que o céu é azul? Quem aparece primeiro, o dia ou a noite? Será que existe vida em outro planeta? Sabe estas conversas nada profícuas que dificilmente se chega a uma conclusão unânime, mas que em todo grupinho de amigos reunidos, sempre surge um pseudo-intelectual com uma nova teoria?
Pois bem, estes dias, revisando meu emérito arquivo mental, deparei-me com algumas pérolas proferidas a respeito do seguinte tema: Qual o sentido da vida? Qual o maior objetivo da existência humana? Ou, em claro e bom português, por que viemos ao mundo? Assim, se não me falhem as complexas ligações do meu Sistema Límbico, a top10 das respostas foi a infame: ”Eu vim ao mundo para ser feliz!”. Acho que pela primeira vez, ponderei profunda e solitariamente, a respeito de tudo que estava arquivado em minha cachola, fazendo vicejar até o mais abissal dos pensamentos e, em um acalorado debate com os meus botões, conclui que este é, definitivamente, um desfecho muito simplório para uma questão tão complexa!
Não sei você, mas eu não tenho dúvidas quanto à existência de Deus e à magnificência de suas criações. Portanto, seria no mínimo leviano resumir a estadia humana na Terra à felicidade individual dos contemplados com o dom supremo da vida. Sem querer ir de encontro às crenças de ninguém, mas já o fazendo, me parece impossível que um objetivo tão pequeno e mesquinho pareça realmente plausível para alguns. Não! A felicidade não é o elemento deflagrador da origem humana. O ser feliz é uma conseqüência! Deus nos trouxe ao mundo para disseminarmos o amor, o respeito ao próximo, para sermos compreensivos, para mostrarmos às pessoas a alegria que é viver sob os Seus ensinamentos. E, outra vez, não! Isso aqui não é um texto de um evangélico fanático qualquer querendo catequizar você. Isso aqui é um texto de uma cristã preocupada com uma corrida descabida por uma felicidade fulgás, pela conquista de bens materiais e por alegrias que evaporam na manhã seguinte.
Parece que é moda pensar nas coisas em detrimento das pessoas, e não mais o contrário. Dá status descartar pessoas em nome das famigeradas “realizações pessoais”. Mentir, julgar, enganar, ser leviano, e pensar que o mundo gira em torno do próprio umbigo também faz parte da famosa busca pela felicidade. A verdade é que o tesouro escondido e tão perseguido, em questão, não passa de uma conquista conflituosa, efêmera e, como todas as coisas de natureza transitória, ao passar, deixa apenas tristeza e solidão. É a oportunidade perfeita para mais uma daquelas famosas crises de depressão que destrói relacionamentos, desfaz planos, extermina sonhos, que mata pouco a pouco, em doses homeopáticas.
O que me parece mais do que claro, embora não tão óbvio, é que se percebêssemos a grandiosa oportunidade que nos foi dada, certamente não sofreríamos tanto. “Meu povo perece por falta de conhecimento”. (Os. 4:6). Não estou dizendo que é fácil, mas também não é utópico, como muitos podem pensar. Jesus é Mestre por excelência e Ele nos ensina a perdoar, a sermos tolerantes, pacientes. Jesus nos ensina a AMAR. Olhar aqueles que estão ao redor com afeto, compaixão e respeito, esse é o maior dos ensinamentos. “Sim, mas até agora você só falou dos presentes para o próximo, dona Giovanna! E eu? Onde ficam as minhas necessidades, a minha satisfação, a minha almejada FELICIDADE? Você está dizendo que realizações pessoais não são importantes?” Perguntinha básica e de resposta fácil, porém de difícil execução, eu concordo. Não acho que os nossos sonhos devem ser abandonados ou relegados a décima potência do esquecimento. Não são os fins que estão errados, mas os meios! E não me venha com Maquiavel. Eu estou falando de vida, de vitória, de esperança, de amor, de Jesus. O certo é que se ouvirmos a voz do Senhor e fizermos de Seus mandamentos a prioridade em nossas vidas, todo pranto findará em riso, todo obstáculo em força para seguir em frente, toda batalha em vitória e toda a existência em FELICIDADE! “Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez vos digo alegrai-vos” (Fp.4:4), porque a alegria do Senhor nossa força é. O verbo é usado no imperativo, significando uma ordem, não um pedido ou uma promessa distante. Alegrai-vos hoje, tende bom ânimo agora.
Na vida somos constantemente desafiados a buscar um sentido, uma direção. Que tal aproveitar o início de um novo ano para uma auto-reavaliação? Mudar as atitudes, renovar os sentimentos, ponderar os valores. A vida só é plena com a pureza de sentimentos. Exalte o amor, libere o perdão, volte a sorrir e permita que Jesus seja a sua condição de vitória. Ele é a fonte de esperança, é a vida por excelência, é a liberdade que nos faz sonhar com o amanhã e acreditar na vida abundante.
Feliz 2008 com a benção de Deus, a força da fé, a renovação dos sentimentos e a esperança de atitudes direcionadas para o bem. Só assim, a felicidade, que hoje é perseguida como objetivo de vida, fará em ti morada perpétua e voluntariamente.

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