sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Doces Lembranças da Infância




Pular, correr, brincar. Sonhar. Roupas e sapatos da mamãe, a casa da vovó. A primeira bicicleta, o primeiro par de patins, a inseparável boneca. Os pedidos a Papai Noel. Cantar, dançar, jogar, sorrir. Ser Feliz. Trocas de papel de carta, shows da Xuxa, noites jogando Banco Imobiliário e brincando de barbie. Vitaminas preparadas na cozinha, o soninho no colo de painho. Paz, alegria, inocência. A beleza singela de ser criança. Os ovos de chocolate, a espera pelo coelhinho. A fadinha do dente, as moedinhas embaixo do travesseiro. Carinho de mãe. O primeiro dia de aula, a professora mais querida. Vestido rodado, chapéu de palha e pintinhas na bochecha. As festas juninas. Castelinhos de areia, sábados de sol, piscininhas feitas pelo papai, banhos de mar. Carinho, segurança, afeto. Amor. O verão, as férias, as viagens, os parques de diversões, o circo e o Palhaço Pipoquinha no meu aniversário. As estórias da vovó antes de dormir. As escapulidas para o quarto da mamãe e do papai no meio da noite. O enorme joão-bobo, o balanço no terraço, o velocípede vermelho e a caloi cecizinha azul. Chokitos na volta do trabalho. Águas de côco na calçadinha, sorvetes no fim da tarde. O céu estrelado no teto do quarto, os cochilos no sofá da sala, o assobio na janela avisando quem chegou. O nosso lema: “Nada tema”.
Doces lembranças da infância...Nostalgia de um tempo que foi eterno enquanto durou!

domingo, 28 de outubro de 2007

Eu não sou convencional!

“Diz-se convencional daquele que se acha taticamente admitido nos padrões sociais”.
Pois é, não me considero tão presa às convenções assim... Tudo bem que não saio por aí bradando aos quatro ventos as minhas opiniões sobre as pessoas, a vida ou o que quer que seja que estejam fazendo com ela. Não uso piercings, tatuagens (nada contra quem os tem, apenas não gosto de agulhas!), nem nenhuma roupa ou objeto que seja símbolo de rebeldia (nada contra quem os usa também, apenas prefiro usar rosa!), não encabeço protestos, nem me afilio a partidos ditos revolucionários, mas também não faço coro com os puritanos, os politicamente corretos ou com aqueles que se dizem defensores da lei, dos bons costumes e detentores de verdades absolutas.
Guardo as minhas crenças, conceitos e opiniões para mim, sendo muito pouco provável que você saiba verdadeiramente o que penso a respeito de um determinado tema, a menos que venha conversar diretamente comigo. Evito julgamentos precipitados e acho que todo aquele que grita, o faz porque a causa é fraca. Não se apegue a detalhes superficiais, não se prenda à cor rosa citada lá em cima – olhe você e os seus julgamentos precipitados!
Para alguns a vida, para outros o destino, para mim Deus. Deus tem sido imensamente generoso comigo, tem me posto em lugares áridos, em situações difíceis, mas tem me mostrado o quanto é possível crescer em meio a dificuldades. Comportamentos como mansidão, generosidade, paciência, honestidade, respeito têm feito parte da minha vida, do meu cotidiano, do meu aprendizado diário. Valores... Vemos em todos os lugares linhas e mais linhas escritas a respeito da beleza de usá-los, mas pouca gente os põe em prática, de fato. Muitos dizem que estas são qualidades quando, na verdade, deveriam vê-las como obrigações. Perdoe-me se agora eu choquei você – talvez tenha sido essa a minha intenção! Mas me parece óbvio e, óbvio aqui não é sinônimo de fácil, mas de necessário, que se perceba: as pessoas querem ser tratadas com paciência, querem receber atenção, querem ser valorizadas, desejam que os outros sejam autênticos, sinceros e honestos com elas. As pessoas querem ser perdoadas quando errarem, querem generosidade e comprometimento, mas esquecem –se da famosa REGRA DE OURO que diz como devo me comportar em relação aos outros: exatamente como gostaria de ser tratada!
É, eu sei, vão me dizer que esta é velha, já foi muito usada e todos estão carecas de ouvir coisas do tipo, mas eu gostaria de enfatizar aqui, não o “a minha educação depende da sua” e sim, o “as minhas atitudes não dependem da sua”.
Quero deixar aqui registrado o que tenho aprendido... Há uma recompensa muito valiosa para aqueles que se dispõe a fazer desses valores mais do que simples pensamentos ou ações momentâneas. Há um tesouro escondido para aqueles que transformam essas ações em hábitos, moldando assim o próprio caráter e, essa recompensa é a ALEGRIA (isso mesmo, A-L-E-G-R-I-A, segundo Aurélio, sentimento que se manifesta em palavras e ações; prazer moral; sentimento profundo que não depende de fatores externos). Falo da satisfação interior e da convicção de que se fez a coisa certa. É o “fazer o bem sem olhar a quem” que não há ninguém que compre, nem dinheiro algum que pague.
Ninguém disse que seria fácil, mas posso garantir que vale a pena tentar!
“Uma jornada de duzentos quilômetros começa com um simples passo”.
(Provérbio Chinês)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O MAIOR VALOR DA MINHA VIDA

Ao pedir para escrever sobre o tema, o enunciado dizia: VALORES são princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por um indivíduo, por uma classe, por uma sociedade.Diz-se VALOR aquilo que é sumamente importante, bom. É algo que "vale" a pena.
Ao ler o titulo da redação, não foi necessário pensar várias vezes, ponderar a respeito dos dogmas que circundam a vida, fazer uma reavaliação do meu sentido de mundo, ética e bons costumes.
Nada disso foi preciso, visto que a resposta veio prontamente. Quase que instintivamente, me vi falando comigo mesma: As pessoas são o maior valor da vida. Mas alguém pode dizer que estou equivocada, valores são princípios, padrões e, pessoas não se encaixam nessa categoria. Nesse caso, eu retrucaria parafraseando o próprio enunciado da questão: “Diz-se valor aquilo que é sumamente importante, bom. É algo que vale a pena”. Será que alguém consegue pensar em algo de maior valor ou que vale mais a pena do que as pessoas? Não quero soar piegas, nem fazer apologias a sentimentalismos baratos, mas analisando friamente o tema, a vida sem pessoas não teria valor algum.
Qual o sentido de um professor sem alunos, de uma mãe sem filhos, de livros escritos se não houvesse quem os lesse? Que valor teria adquirir todo o conhecimento possível, inventar máquinas tecnologicamente avançadas, fazer experimentos, ser um excelente profissional e não haver uma única pessoa para aplaudi-lo ou incentiva-lo? Ganhar muito dinheiro, fazer grandes investimentos, amealhar fortunas e não ter ninguém para compartilhar todas essas vitórias. Será que um domingo de sol, um fim de semana na praia, uma viagem de férias teria o mesmo sabor de felicidade sem alguém para dividir alegrias e somar sorrisos?
Pensar no sentido da vida e nos valores que adquirimos ao longo dessa jornada não me leva a outro caminho senão às pessoas e o amor que dedicamos a elas. “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”, não foi por caso que Cristo nos deixou este como sendo o maior dos mandamentos e não foi por outra razão que Ele veio ao mundo. Mas falar em Cristo, amor, mandamentos, soa desconfortável para alguns. Mesmo sem muita experiência, sem muitos anos vividos, posso afirmar com ênfase que para compreender palavras como liderança, sucesso, autoridade, sacrifício, é essencial conhecer o verdadeiro significado do amor.
Será que conseguimos compreender na essência o que Jesus queria dizer com “amai ao teu próximo” ou “amai os teus inimigos”? Talvez o sentido do amor não seja claro ou seja compreendido de forma mesquinha e limitada, por isso o nosso pudor, o nosso constrangimento e, porque não dizer, o nosso preconceito quando ouvimos alguém citar esse como o maior de todos os valores. Ao falar de amor no Novo Testamento, Jesus usa a palavra grega ágape para descrever um amor incondicional, baseado no comportamento com os outros sem exigir nada em troca. Jesus não fala do amor recíproco, da afeição, do sentimento de amar, mas sim, da escolha deliberada, do comportamento. Compreender essa diferença pode ser o ponto chave para percebermos que não é necessário nutrir um sentimento ou emoção por um desconhecido ou por alguém que agiu indignamente, mas devemos nos comportar bem em relação a eles.
Se ficar claro que amor é tudo aquilo que as ações materializam e que essas atitudes traduzem a forma como tratamos nosso próximo, então não restarão dúvidas ao ouvirmos alguém afirmar que as pessoas são o nosso maior tesouro.