sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Fórmula do Amor


Mais do que uma crônica ou um texto ilustrativo, acho que este aqui é um desabafo, uma forma que encontrei de dizer algumas verdades que, nem sempre, encontram ocasião para serem registradas.

O fato é que a maioria das pessoas que chegam até mim pedindo um conselho, uma palavra, uma oração ou um abraço e um coração disposto à compreedê-las, a maior parte dessas pessoas , carrega consigo uma mágoa relacional. Incrível como os assuntos do coração são o cerne da estabilidade ou da insensatez de um indivíduo. É a realidade da fraqueza humana indo de encontro à força soberana de Deus, explícita nas Sagradas Escrituras.

De fato, fica evidente que a disposição para o diálogo, a compreensão, o interesse genuíno pelas razões do outro não são itens comprados no atacado. Ao contrário, o que tendemos a comprar, aos montes, são brigas, discussões e ofensas. Em geral pagamos à vista, esquecendo-nos de que para sermos felizes e completos precisamos estar juntos. Na contramão do individualismo egocêntrico reverberado pela mídia e endossado pela sociedade, é inerente à natureza humana o conviver, o compartilhar. Não por acaso, Deus nos advertiu: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn.2:18) e, cheio de bossa, Tom Jobim popularizou em versos: "É impossível ser feliz sozinho". Casamentos, namoros, amizades, muitos fins de relacionamento poderiam ser evitados se lançássemos mão de uma ferramenta simples, mas que demanda boas doses de maturidade (e não pense você que o termo aqui é limitado pelo número de anos na cédula de identidade!), esforço e disposição para aprender a usá-la: a reeducação emocional.

Controle seus ânimos! Mais do que pensar duas vezes, é preciso sentir duas vezes. Afinal, não é apenas a ação que conduz à discussão, mas a resposta ríspida, o olhar indiferente, o silêncio desconcertante... A negligência fere, atitudes marcam, palavras destroem. Conviver é cuidar para encaixar o termo certo, é escutar com a atenção de um apaixonado (ouvir é sempre mais comovente do que adivinhar). Conviver é saber que apesar do cansaço, da correria diária, dedicar alguns minutos à pessoa que está ao lado não é perda de tempo, e sim investimento relacional. Amar é romper estatísticas, é tornar elástica a paciência que parece se esvair em alguns momentos, é inverter a perspectiva e descobrir um novo jeito de respirar dentro do Amor. Falo do Amor que é verdadeiro e não um amontoado de palavras ditas em situações oportunas. Refiro-me àquele que traz consigo uma compreensão doce, suave, reconfortante, que não tem prazo de validade, não cobra a conta do perdão concedido, porque é superior à tolerância, irmão da generosidade e amigo íntimo da paz. Amor que é Amor vem carregado de confiança e respeito, porque sabe que intimidade não é o somatório das horas passadas juntos, mas a certeza de que o conhecimento profundo das fraquezas do outro não será usado em benefício próprio. Amor que é Amor traz a segurança da cumplicidade porque desafia o senso comum, supera as expectativas, saindo da cômoda e previsível posição de elogiar as virtudes e reafirmar as falhas que muitos já criticam. Amor que é Amor acolhe com ternura as diferenças e encontra no exemplo o melhor argumento.

Se pararmos para pensar, nesse mundo tão descartável em que vivemos, talvez não seja mesmo fácil encontrar esse tal AMOR, escrito assim, em letras maiúsculas porque é grande em todos os sentidos e sob todos os aspectos, mas para não ficar aqui fantasiando, conjecturando e tentando inventar a roda novamente, deixa eu contar como você faz para identificá-lo quando ele estiver ali, bem na sua frente: LEIA ATENTA E VAGAROSAMENTE I CORÍNTIOS 13, PONDERANDO CADA PALAVRA. Formulazinha simples e certeira, com resultados concretos, eu garanto!

Colocando-a em prática, talvez você entenda que qualquer coisa menos que isso pode ser interesse, conveniência, desejo, lascívia,...só não é Amor. Não, mesmo!

*Ah...para embalar a sua leitura aperta o “play” e deixa Deus te ensinar que o bicho de mil cabeças, não tem tantas cabeças assim!



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

POETIZANDO


4hs da matina, meio da semana, e eu acordada estudando...

Detalhe: na manhã "seguinte" eu teria que estar de pé às 7hs, para trabalhar...

Mas..."O" detalhe, mesmo, vem agora: eis que eu estou concentradíssima fazendo os exercícios universitários, e um poema veio surgindo sem me deixar concluir as obrigações até passa-lo para o papel (ou para o pc - coisas da modernidade! o.O)

enfim...deu nisso...um pseudo poema, de uma pseudo poetisa notívaga!


Once upon a time i had a dream


Once upon a time i had a dream

Eu sonhei que havia paz e harmonia

Que os erros foram perdoados, que o amor ressurgia

Não havia lágrima, luto, nem melancolia


Once upon a time a had a dream

Eu sonhei com um abraço forte, demorado e profundo

Com uma sensação de gratidão, de preenchimento, de certeza que o improvável tornou-se real e durável


Unce upon a time i had a dream

Eu sonhei com um beijo suave, doce e bem de leve

Com um sussurrar me confidenciando que a distancia ficou curta

Que a alegria não seria breve

Porque Deus perdoou nossa conduta


Once upon a time i didn’t have a dream

Não restaram lembranças, nem pensamentos

Não restaram os bons momentos


Once upon a time i didn’t have a dream

Porque depois do beijo, eu abri os olhos e descobri

...que surpresa!...era a realidade que estava ali!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

AMOR DE PAI


Lembro-me bem de quando saí da loja, ainda bastante felpudo, macio e com aquele cheirozinho inebriante de novo.
A mulher que me comprou era linda, elegante e cheia de charme. Eu considerar-me-ia um roupão realizado se o meu destino fosse acompanhar os rituais de banho daquela jovem senhora. Porém, logo me dei conta de que o meu tamanho não condizia com o dela e, os meus motivos eram assaz infantis para entremear aquilo que eu imaginava ser, não uma simples operação de limpeza corporal e sim, um encantador espetáculo para mente, corpo e espírito. A atendente da loja embrulhou-me para presente em um belo pacote recoberto por fitas e laços coloridos. Minha ansiedade crescia paralelamente à curiosidade para conhecer o motivo da minha compra. Ao entrar em casa, um sobrado bem decorado e bastante aconchegante, ela posicionou-me, ainda dentro do embrulho, em uma poltrona de chamois azul. Poucos minutos depois, fui repentinamente surpreendido pelo desatar das fitas e o rasgar pungente do papel. Diante desse cenário liricamente familiar, conheci Pedrinho: um bêbe de olhos muito azuis, bochechas rosadas e formas arredondadas cujo cargo de companheiro e protetor havia-me sido destinado.
Daquele dia em diante, não houve banho que eu não estivesse presente. Seu corpinho delicado e diminuto enroscava-se em mim após longas horas de diversão na banheira. Pendurado no cabide, atrás da porta, eu assistia às guerras com os patinhos de borracha, à descoberta dos dedinhos submersos nas ondas de espuma, às deliciosas gargalhadas que preenchiam o ambiente com alegria e ternura. Eu não conseguia conter a emoção, todas as vezes que, exausto e com frio, ele aninhava-se em meu algodão, suave, como se aquele fosse o lugar mais seguro do mundo.
O tempo passou e o meu menino não era mais um bêbe indefeso precisando da proteção desse velho roupão. Agora ele era um homenzinho. Seus patinhos foram substituídos por carrinhos e o meu lugar foi tomado por alguma toalha com motivos de um super-herói qualquer. Eu já não sou mais tão macio e, ao contrário do que acontece com os bêbes, eu não cresci junto com Pedrinho, mas envelheci. Aos poucos, fui desgastando-me. Meus bordados descosturaram-se e o meu cinto foi perdido em alguma tarde de verão na piscina. Parece que tudo começou a desintegrar-se, assim como os sentidos e impulsos que um dia guiaram Pedrinho ao meu encontro. Paulatinamente, ele foi deixando de requerer a minha presença nas horas do banho, de dividir comigo as manhãs na praia ou as tardes no clube. Já não era mais a mim que ele levava à mesa na hora das refeições depois daquele banho gostoso e, nos momentos de preguiça no sofá, não era mais eu que assistia à tevê entrelaçado em seu corpinho rechonchudo, fazendo-lhe carinho com as felpas do meu algodão. Por um tempo, tornei-me um enfeite atrás da porta do banheiro, depois fui morar dentro de uma gaveta em seu guarda-roupa, mas o que tenho percebido é que fui morrendo para o meu Pedrinho.
Apesar de toda saudade, não o culpo por isso. Esse é o processo natural da vida. Sinto-me grato pelos momentos de cumplicidade, pelas alegrias e até pelas tantas lágrimas que pude recolher e enxugar. Sinto-me recompensado por ter tido a chance de protegê-lo e de contribuir para que ele tivesse uma infância feliz. Morri por ele, para o seu bem, como só um pai, de verdade, é capaz de fazer pelo seu filho.

terça-feira, 1 de abril de 2008

NOVIDADE JORNALÍSTICA

Quero avisar à vocês, meus amados meia dúzia de visitantes, que agora é para valer! Eu sou a mais nova redatora do Jornal Spia, com uma coluna inteirinha só para mim!
A coluna estréia esta quarta-feira, dia 02 de Abril (eu tô anunciando hoje, que por sinal, é 01 de Abril, também conhecido como dia da mentira, mas vou logo dizendo que a minha coluna é a mais pura verdade!) no nosso site e, trimestralmente, no jornal impresso.
Fiquei tão feliz por saber que essas palavrinhas estão realmente criando forma e podem ir mais longe. Isso tudo é maravilhoso porque me fará escrever mais, ser mais disciplinada e sonhar mais também.
E quanto a vocês, essa meia-dúzia que me visita bem de vez em quando e que raramente deixa um comentário, podem acessar esse linkezinho faceiro e serelepe aqui do lado e comentar lá também!
Ah, só para lembra, o nome da coluna é MERCADO, por isso os assuntos estarão sempre relacionados ao mercado publicitário.
E,como dizem: "Cuidado com o que deseja, porque pode virar realidade".
No meu caso, graças a Deus, virou mesmo!!!!
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a primeira matéria a gente nunca esquece! ;)
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VOCÊ TEM PERFIL PARA TRABALHAR COM PUBLICIDADE?


“Tendo Deus dotado os homens de talentos diversos, o melhor conselho que se pode dar é que cada qual consulte a si próprio antes de optar por uma profissão”. ( François de Calliéres)

Uma das principais características do atual cenário socioeconômico é a exacerbada competição que aparece impregnada nas mais diversas esferas das relações humanas. E o mercado de trabalho, mais especificamente, o mercado publicitário, como bem sabemos, não é uma exceção à regra.
Tomando por base o exigente, competitivo e excludente mercado empregatício vigente, conquistar um lugar ao sol para chamar de seu ou mesmo manter-se nele é uma tarefa que requer cada vez mais esforço, dedicação e muita força de vontade. Faz tempo características como experiências profissionais, qualificações e boa aparência deixaram de figurar no rol dos fatores decisivos para a tão sonhada contratação. A verdade é que no mundo real, ou melhor, no mundo dos negócios, a tal da postura profissional tornou-se um ativo de competitividade. Seria cômico se não fosse trágico, mas a forma como você expressa seus pensamentos, reage diante das situações, encara os desafios do dia a dia e, pasme, até a vitalidade que você exibe tornaram-se itens imprescindíveis na hora de compor sua postura profissional. Eu estou falando de pessoas dinâmicas, criativas, bem informadas, que vão trabalhar dispostas a darem o seu melhor. Refiro-me aos que fazem a diferença. Sabe aquelas criaturas que parecem ter uma mente naturalmente observadora, um espírito aplicado, que emitem sempre julgamentos balanceados e sólidos? Você deve conhecer alguém assim. Todos nós um dia topamos com um tipo desses. Aquela pessoa de conversa agradável, atitudes respeitosas e personalidade firme. Aqueles tipos que quando falam, deixam qualquer mortal com a “leve” impressão de que poderiam ter feito melhor.
O mais interessante nisso tudo, e talvez o mais acalentador, é que postura não é algo que vem de berço somente. É possível desenvolve-la ao longo da vida e cultiva-la, até a sua plenitude. A postura, e agora não estou falando apenas no sentido profissional, mas também pessoal, é o somatório de todas as características individuais e sinais peculiares que diferenciam uma pessoa das outras. É algo que não pode ser mensurado, que não consta nas bulas de remédio ou nos livros de etiqueta. Postura não se vende (aposto que você nunca se deparou com a dita cuja, em promoção em uma prateleira de supermercado), mas aprende-se, constrói-se. Trata-se, portanto, de um bem intangível, porém de capital importância para o sucesso, seja qual for a atividade desenvolvida.
Em uma área tão dinâmica como a Publicidade, onde as agências, normalmente são dotadas de grandes espaços abertos com pessoas conversando, falando alto, trocando idéias, recebendo briefings, negociando prazos,... Enfim, locais onde o contato humano reina soberano e absoluto, uma postura atraente, segura e, principalmente, eficiente, deixou de ser artigo de luxo para ser promovida ao posto de “produto de primeira necessidade”. O que parece bem claro, atualmente, é que muitos indivíduos, ao se prepararem para ingressar no mercado de trabalho, chegam apenas à metade do caminho, sem a mais vaga noção do papel decisivo que uma postura profissional adequada desempenha em suas carreiras.
Portanto, desenvolva a capacidade de ir além da rotina. Coloque energia positiva em tudo e tenha muita vontade de realizar. Se as portas parecerem fechadas, não desista. Há sempre uma janela aberta, prontinha para ser escalada. Só não vale ficar sentado, passivo, esperando que a oportunidade caia no seu colo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Em Tempos de Crise o Amor Ainda é a Melhor Solução


Dizem os verdadeiros escritores - e eu, nesse coro, vim apenas meter minha colher, visto que ainda sou apenas uma aspirante... Mas, enfim... Dizem os verdadeiros escritores que se escreve melhor em épocas de crise. Não sei se concordo completamente com isso, afinal eu tenho uma paixão escancarada pelos momentos de alegria, pela bela aquarela da vida, pelas cores que só a felicidade põe no rosto.
Bom, mas nem só de alegrias vive o homem e hoje vim fazer uso do outro lado da moeda. O tema continua sendo nobre. As causas do coração são sempre dignas de todo o respeito, não acha?! Como diria a grande Tarsila do Amaral: “Aí vai meu coração”!
Falar de sentimentos, às vezes, parece muito complicado. Principalmente quando se sonha mais do que a Cinderela e insiste-se em viver no Mundo do Faz-de-Conta.
Faz tempo, eu já havia percebido que cada cabeça é um universo a parte e que lidar com pessoas não é das tarefas mais fáceis. Fazer-se compreender é, por vezes, extremamente pesaroso. Impressiono-me como de um momento para o outro tudo vira de ponta-cabeça. O afeto, a paciência, a vontade de acertar e parecer único para aquele alguém especial, esvai-se como água entre os dedos. Você quer segurar e, para isso, aperta bem os dedinhos, para sobrar o mínimo de espaço possível, mas a malemolente água insiste em escorrer, impiedosa. Eu fico querendo argumentar, analisar os fatos, mostrar a forma como sinto e vejo a situação. Eu me esforço – e, neste caso, não se trata de um esforço no sentido incômodo da palavra, mas de uma intenção recôndita, retirada do fundo da alma - para dizer: “Eu estou percebendo você. Eu quero colocar-me no seu lugar. Ajude-me a compreendê-lo e, se não for pedir muito, tente compreender-me também”. Mas tem horas que as palavras não surtem efeito. Isso quando não acontece exatamente o contrário. Parece que fica todo mundo surdo aos anseios do coração. Aí, as pessoas certamente dirão: abraça, beija, faz um carinho e resolve logo o problema! Confesso que essa seria a melhor e mais eficaz das decisões, não fossem os milhares de quilômetros que, atualmente, nos separam. Resta-nos, portanto, a gélida e, quase sempre, deturpadora internet. Mas eu não te chamei aqui para falar do meio de comunicação do qual dispomos e sim, para te contar o que se passa aqui dentro. Talvez em forma de crônica, ou de desabafo puro e simples, o que parecia inatingível pule para a esfera do plausível.
Eu comecei a escrever porque queria te falar de generosidade. Mesmo não te conhecendo muito bem, surge em mim uma necessidade de mostrar o que se passa, de contar o que eu aprendi ao longo dos anos, como se algum conhecimento pudesse disfarçar a inocência que ainda continua aqui, tão presente. No meio de tudo isso, como não poderia deixar de ser, surge também a tristeza. Eu me sinto como uma criança que levou um tombo e procura um colo confiável e acolhedor para sentar, mostrar o machucado, encostar a cabeça e, como é típico de todas as crianças, aumentar o teor de drama para, completamente entregue, sentir-se abraçada, protegida, regenerada, capaz de voltar a brincar em segurança.
Eu quero que você fique porque preciso falar de felicidade. Quero te contar do quanto você me surpreende e encanta, do quanto o colorido da vida ainda pode aumentar e de como cinco dedos entrelaçados podem fazer toda a diferença. Eu estou falando de dançar ouvindo apenas a música interior, de transformar dias de inverno em abraços calorosos, de elevar à infinita potência todas as probabilidades de sorrisos e preencher com realidade tudo aquilo que ainda parece tão cibernético.
Eu preciso te contar de um sentimento que cresce a cada dia, que me inspira, me transforma e me faz melhor. É essa sensação que me invade todas as vezes que ligo essa máquina chamada computador e vejo o seu íconezinho verde no msn. Eu só preciso que você perceba que todas as vezes que o meu coração dispara e eu calo, é a sua presença que faz festa aqui dentro. Nesse momento, eu posso garantir que o meu maior desejo é uma resposta sincera, completa, inédita. Uma resposta que a gente possa falar junto para que o próximo silêncio seja o do mundo, ouvindo falar de um sentimento sem fim.

quarta-feira, 12 de março de 2008

E o que ficará guardado na sua fotografia?


Saudade é mesmo uma palavra difícil de definir. Mutante, eu diria. Nos momentos de despedida, na dor da partida, parece que não existe substantivo mais apropriado. Mas aí, a Dona Saudade acha pouco e quer fazer parte também dos momentos de alegria. Nessas horas a nossa imaginação voa alto tentando resgatar lembranças já vividas: é a saudade dos momentos passados.
Pois não é que a tal da saudade, surpreendeu-me outra vez!? Hoje eu acordei com uma saudade diferente. Saudade de alguma coisa que ainda não aconteceu. Parece loucura, mas é pura nostalgia do “por vir”. Sabe aquela certeza boa de que algo muito especial vai acontecer? De que o momento será intensamente vivido e que depois restarão apenas lembranças? Só que essas não são lembranças carregadas com o peso da tristeza ou do fim da história. Nada disso! São momentos eternizados em mim, pelo simples fato de terem sido fartamente preenchidos com as cores da felicidade.
Se é verdade que as fotografias são como pontes para resgatar as lembranças das histórias passadas e a vida tem as cores que nós pintamos, então eu garanto que essas foram pintadas com todas as cores do arco-íris. O ponto de ligação entre o real e o imaginário foi tão inexplicável e perfeitamente afixado que só me resta concluir: essa é a única forma que poderia ser. As cores são suaves, os olhares cruzam-se enquanto a música que toca no ambiente ecoa dentro da gente. O que estou tentando dizer-te, é que não importa o que aconteça ou quanto tempo tenha passado, qualquer um que olhar essa fotografia perceberá que estou vestindo o meu melhor sorriso. São laços invisíveis e indestrutíveis também, porque a saudade pode até ser difícil de definir, mas sentimos quando ela é verdadeira.
É a fotografia tornando-se testemunha ocular, prova incontestável de tudo que vivemos. Sou eu tomando posse da parte que me cabe e permitindo que as marcas fiquem impressas na alma!
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E essa música,hoje, falou por mim...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

AH...O AMOR!



Hoje o dia nasceu diferente, especial. O sol brilhava de uma forma tão intensa e tão bela que chegou a parecer mágico. Foi um calor revigorante que acalmou o corpo, engrandeceu o espírito, fez brilhar a alma.
O sol nascendo no mar, os primeiros raios matinais rodeados de um azul celeste misturados a um branco paz. Os passarinhos cantavam a chegada daquele dia que eu intuía: seria memorável. O mar parecia concordar comigo, plácido, sem ondas, morno, terno, convidativo. O mergulho foi inevitável e, a sensação de prazer, já esperada, transformou-se também em alegria, temperada com aquele gostinho salgado de liberdade. A brisa batia no meu rosto, suave, como se fizesse um carinho que a muito eu não percebia.
Dizem que os olhos são janelas da alma e, os meus transpareciam até o último pingo daquele sentimento infinito que me invadia. O fato de estar sozinha não tornou o momento menos significativo, ao contrário, deixou-me livre para vivenciar cada segundo comigo mesma. Era uma felicidade que vinha de dentro, fluindo pelo corpo, exalando pelos poros. Era crescente, inquietante, contagiante. De repente, o mundo ficou pequeno para tão grande alegria. Era o meu conto de fadas tornando-se realidade. Teria Deus ouvido as minhas orações? Teria a vida tornado o impossível real e palpável? Ou seria eu que havia encontrado não o mapa, mas o tesouro propriamente dito? A verdade é que os sapatinhos de Dorothy agora estavam nos meus pés e a estrada de tijolos amarelos era toda minha.
Foi ele que voltou! Para o meu lado, os meus braços, para a minha vida. Foi o amor que chegou dizendo-me: Bom dia! De hoje em diante, você também é minha!